O irlandês: Anna Paquin tem apenas 7 linhas (mas esse é o ponto)

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O irlandês: Anna Paquin tem apenas 7 linhas (mas esse é o ponto)
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Anonim

O irlandês de Martin Scorsese está agora disponível para transmissão na Netflix, e com isso vieram muitos elogios, mas também muitas críticas, especialmente sobre a personagem de Anna Paquin, Peggy Sheeran. E não porque seu desempenho não foi bom, mas porque ela tinha pouco ou nenhum diálogo, e a maior parte de sua atuação dependia de expressões faciais. Muitos espectadores expressaram sua decepção (e, em alguns casos, raiva) pelo talento "subutilizado" de Paquin no The Irishman, enquanto muitos outros elogiaram sua capacidade de apresentar uma performance "assustadora" sem dizer muito.

O irlandês marca o retorno de Scorsese aos filmes de terror depois de explorar outros gêneros há mais de uma década. O filme segue o motorista de caminhão Frank Sheeran (Robert De Niro), que se envolve com Russell Bufalino (Joe Pesci) e sua família criminosa na Pensilvânia. Sheeran acaba se tornando seu principal assassino de aluguel e trabalha com Jimmy Hoffa (Al Pacino), um poderoso Teamster ligado ao crime organizado. Embora a história se concentre mais nos personagens mencionados, os espectadores também conhecem a filha de Frank, Peggy, que acaba sendo a âncora moral, mesmo que ela diga apenas algumas palavras.

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O talento de Anna Paquin é inegável, e é completamente compreensível que os espectadores tenham ficado desapontados ao descobrir que ela não tem muito diálogo - mas esse era exatamente o ponto.

Anna Paquin não tinha diálogo porque seu personagem precisava

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Os telespectadores conhecem Peggy Sheeran quando criança e testemunham (junto com ela) como seu pai brutalmente bate no dono de uma mercearia que a pressionou por derrubar um produto. Esse foi o começo de um relacionamento muito tenso de pai e filha, pois Peggy nunca mais confia no pai e fica com medo dele. Sua desconfiança cresce toda vez que ela vê seu pai sair para "trabalhar", sabendo que ele está envolvido em negócios perigosos. Peggy também não confia em Russell Bufalino, mas ela cria um forte vínculo com Jimmy Hoffa, que ela ama como figura paterna e mais do que seu pai atual. Quando Hoffa desaparece, Peggy suspeita que Frank esteja por trás disso, e isso a leva a confrontar o pai - e essas são as únicas palavras que ela diz.

Paquin não tinha mais falas, porque sua personagem tinha medo do pai, a ponto de ter medo de falar, e na verdade não tinha um relacionamento com ele. Ela só grita com ele no final do filme porque se importa com Jimmy Hoffa, sua única figura paterna. Claro, ela poderia ter algo a dizer nas (breves) cenas que teve com Hoffa, marcando ainda mais o contraste entre seu comportamento em relação aos dois homens, mas esse não foi o caso. Mesmo sem um diálogo substancial, Paquin apresentou um ótimo desempenho no The Irishman, que trouxe tensão à vida familiar de Frank e mostrou que alguns vínculos familiares, uma vez quebrados, nem sempre podem ser consertados.